a vida dá muitas voltas e, de quando em vez, encalhamos nas pedras que lá trás nos assombraram de algum modo. mesmo que a forma seja diferente. mesmo que se esteja mais imune. mesmo que os sentimentos mudem com o crescimento. é inevitável. no entanto, acredito que a essência fica e ninguém se transfigura completamente. pelo menos, até apanhar um valente susto. e quem é feito de água sabe bem a que me refiro. a água flui. adapta-se aos terrenos mais inóspitos. contorna os obstáculos. rebenta com os diques, no inverno. e também evapora, no verão.
o meu amigo Paulo, há 15 anos atrás, enviou-me um postal desenhado por ele. na parte de trás desse postal estava escrito um poema do irmão mais velho. na parte da frente, uma frase completava o desenho:
parece que foi ontem e já passaram 15 anos desde o dia em que o tirei do envelope. ou das lágrimas que caíram quando li o poema e a dedicatória. existem, no decorrer dos nossos passos, gestos que permanecem. o dar que recebemos de coração aberto. e, tal como os silêncios, palavras que não se esquecem.
porque ainda me deixo atrás dos outros. porque a felicidade dos outros me importa e me faz também feliz. porque só vejo água naquilo que é essência de mim. mas porque já aprendi que perco em ser assim, hoje, sob promessa, não me hei-de esquecer nunca que sou a parte mais importante de mim. eu, os meus pais e o meu irmão.
o meu amigo Paulo, há 15 anos atrás, enviou-me um postal desenhado por ele. na parte de trás desse postal estava escrito um poema do irmão mais velho. na parte da frente, uma frase completava o desenho:
nunca te esqueças que tu és a parte mais importante de ti própria.
parece que foi ontem e já passaram 15 anos desde o dia em que o tirei do envelope. ou das lágrimas que caíram quando li o poema e a dedicatória. existem, no decorrer dos nossos passos, gestos que permanecem. o dar que recebemos de coração aberto. e, tal como os silêncios, palavras que não se esquecem.
porque ainda me deixo atrás dos outros. porque a felicidade dos outros me importa e me faz também feliz. porque só vejo água naquilo que é essência de mim. mas porque já aprendi que perco em ser assim, hoje, sob promessa, não me hei-de esquecer nunca que sou a parte mais importante de mim. eu, os meus pais e o meu irmão.
6 comentários:
E assim vemos que o mais importante é criarmos o nosso proprio ser com espaço proprio, mas com uma alma do tamanho do mundo....
p.s (e deixaste me de lagrima...)
Greentea
...
(sem palavras)
um beijinho grande
O importante é termos a consciênci tranquila amiga. Os nossos actos são o melhor reflexo de nós próprios, pelo que nunca te arrependas do que fazes mas sim do que possas não ter feito.
Confesso ter ficado com um nó na garganta ao ler este teu post. Mas descansa....amanhã é outro dia.
Um beijo enorme
assim de repente, não recordo de me ter arrependido de algo que tenha feito. mas, devido às cabeçadas que, por ventura, tenho dado, essencialmente contra mim própria, tive de me reescrever.
é isso querida, melhores dias virão. como diz um colega meu, esta frase é um discurso miserabilista, mas quando não há mais nada onde nos agarrarmos, que fique o discurso de miserável... (bem, ele falava em relação ao cavaco ter ganho as eleições...)
um grande beijinho, com nós desmanchados...*
A água renova-se. E raramente está igual. Por isso nós que somos de água temos mesmo de aprender a não nos adaptarmos demasiado! Boa semana, Margarida***
é isso izzolda, por mais que nos custe...
beijinho de boa semana*
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