entrei no meu mundo ao 1º acorde e só saí de lá no final do concerto (embora saiba que, um pedaço de mim, ainda ande por lá perdido). elas e o V. deram conta disso. fui-me chegando à frente, sem reparar que me afastava. às vezes, as lágrimas, essas coisas traiçoeiras, juntaram-se à porta dos olhos pela simples comoção de estar ali.
ontem à noite ficou provado porque é que os Coldplay são a minha banda preferida. já me tinham convencido desde o primeiro album, mas foi o culminar dessa admiração que nutro por eles. chega a ser respeito. coisa que nunca senti por uma banda.
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eu queria era ver os Coldplay. logo, ao final da segunda música dos Goldfrapp já estava farta de os ouvir. apenas os conhecia de nome. é uma música estranha. se as mais mexidas me fazem lembrar os Garbage, já as mais lentas não se conseguem aturar. ou então era a minha impaciência para ver os Coldplay.
entre este e O concerto, que aguardavamos, a querida Eli ligou-me. no seu dia. para saber se eu estava a gostar.
eis, senão quando, após uns malabarismos de preparação do palco, eles aparecem. o Chris Martin a falar (arranhar) português "temos muito prazer de estar aqui". ou algo do género. já não sei precisar as exactas palavras. gostei. ao longo do concerto foi nota dominante as tentativas, umas melhores do que outras, de falar a nossa língua.
começa o concerto. o pavilhão em peso começa a cantar, a dançar, a pular. foram muitas as vezes que abafámos a voz do Chris Martin. o palco era simples, com um ecran enorme na parte de trás, que nos ia brindando com imagens espectaculares. um jogo de luzes surpreendente, do início ao fim do espectáculo, espalhado não só pelo palco, mas por todo o pavilhão.
um dos momentos mais altos, se é que se consegue escolher, foi o "yellow". ainda hoje me espanto como é que uma música, uma letra e um video tão simples são capazes de me arrancar as lágrimas dos olhos. quando reparamos, estão a cair do tecto bolas enormes, amarelas, que íamos tocando e empurrando até chegarem ao palco.
até tivemos direito a um "oh fuck" do Chris Martin, quando deu conta que se tinha enganado na letra de "the scientist" e nós ali a apoiá-lo. aí, tive a sensação de que devia ser como se ele estivesse sentado numa mesa de café, com o pessoal todo. os seus risos, após iniciar novamente a música, foram cativantes. é muito simpático. não desmoralizou. antes pelo contrário. cativou-nos ainda mais.
brindou-nos ainda com uma aparição no meio do público, no final de "in my place". e nós a seguirmos as luzes, sem perceber muito bem o porquê da agitação. até que surge o Chris Martin. e nós de boca aberta.
terminou como só podia terminar. "fix you". como que a espalhar esperança nos nossos olhos.
e eu vou estar lá, no próximo concerto. com toda a certeza ainda mais deslumbrada do que fiquei. do que estou.
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as fotografias foram emprestadas pela missanga azul. podem ainda ler o relato que ela fez do concerto, aqui.
[houve algumas coisas menos boas, como o palco estar um pouco baixo e nem sempre se conseguir captar o que lá estava a acontecer, ou a confusão de pessoas que não sabem estar quietas nos seus lugares e andarem sempre a mudar de sítio.
houve ainda uma enorme confusão no Vasco da Gama, quando os seguranças fecharam as portas do centro comercial e obrigaram-nos a ir para os carros através das saídas dos mesmos. filas enormes para pagar o estacionamento. filas enormes para sair de lá. é o país que temos. é a falta de respeito do sr. Belmiro. ganhou milhares ontem e foi assim que tratou os clientes. foi indecente.]
3 comentários:
Já deu para perceber que esse concerto foi mesmo sentido e que te divertiste imenso!:)
Que relato excelente :)
Pena eles não terem vindo também mais aqui pra norte! **Bom FDS!
foi mt sentido sim :))
eu acho que os seguia até ao porto ;)
beijinhos* e bom fds para vocês
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