abril 13, 2005

a minha alma



és a pessoa que mais paciência tem comigo.

na imensidão de um deserto (e agora consigo ver o teu sorriso ao leres esta palavra...) que teimosamente eu quis atravessar, pude sempre contar com uma mão para me agarrar. a tua. nunca me deixaste sozinha. não me questionaste o porquê de cada acto, de cada palavra. muitas foram as vezes em que me ajudaste a explicar muitas das minhas parcas palavras. mesmo nas alturas em que o sol menos te sorria, nunca largaste a minha mão.
lembro ainda as lágrimas, os sorrisos, os abraços, os silêncios que só nós compreendemos. as cumplicidades que tecemos até altas horas, quando ficamos em conversas, de mulheres ou não.

não há na vida muitas pessoas como tu. eu sou muito fogo. e muito água. ao mesmo tempo. tu és a tranquilidade. a objectividade dos tumultos que são os meus sentimentos. és o meu jardim zen. consegues devolver-me à estrada, quando eu já só vejo nevoeiro. no momento certo.

sei que, se sou aquilo que sou hoje, é graças à tua presença na minha vida. muito do que sou devo-o a ti. e é bom gostar de mim assim.

grita em mim um enorme orgulho por te sentir de alma plena, cheia de projectos e muito feliz. espero que o sorriso que ultimamente trazes vestido se mantenha por muitos e longos anos. e que sejas feliz. muito feliz. tu mereces.

e, mesmo que o rumo dos nossos pés siga por caminhos completamente distintos, sei que a minha mão manter-se-á (e)ternamente unida à tua.

[para a Elsa]

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