maio 31, 2005

shame on me



depois de ter encontrado o dito buraco, será que já posso sair da toca? será seguro?

da minha lista de to do para hoje: tentar não realizar épicos. deixar essa árdua tarefa para os senhores de Hollywood.

bom dia! :)




adenda: a imagem está a dar erro. logo à noite arranjo. agora não há tempo.
adenda 2: já está arranjada.

maio 30, 2005

encerrado

por hoje.

vou dormir.
o meu mal é sono, de certeza.

[e a tua imagem ancorada ao reflexo dos meus olhos]

emigrar

é o que me ocorre.
depois pergunto-me: para onde?
respondo: não faço ideia.

a culpa é do D. Afonso Henriques. cada vez mais tenho a certeza disso.

meninos nao lutem contra as vossas mães! elas é que sabem! faz parte da idade!
depois crescemos e a coisa fica mais calma. acreditem. é verdade.

ainda correm o risco dos vossos descendentes atravessarem um período em que já nem a tanga seja moda...
(e tudo destapado não deixa lugar à imaginação. e ela, a imaginação, é muito importante na sedução)

(que raio de medida, já para nem referir outras, publicitar as declarações dos contribuintes. eu não vou invadir a privacidade dos outros!)

[e rio-me, com vontade de chorar]

maio 23, 2005

os sentidos

existem palavras que me ficam no limiar dos dedos, quando a boca já não sabe o que dizer. é no silêncio que me revelo, mesmo sabendo ser o som o esperado. tolhem-se-me as cordas vocais, e é como se elas se rasgassem dentro de mim. em mim.
talvez seja este o meu fascínio. talvez seja esta a fraude de que tanto falo. a fraude que sou eu. porque, são tantas as vezes em que julgo não ter mais nada para mostrar.

mas,

como que trovoada, de repente, irrompe uma outra imagem. chovem imagens de tocar. os gestos que alcançam outras peles. um fio de cabelo prendido nas mãos. o silêncio que se ouve e fala no abraço que se abraça. de me perder no meio dos braços. de me encontrar nos olhos que me olham. os cheiros da terra molhada numa tarde de verão, em agosto. o sabor do amor de um beijo.

porque entendo o dar assim, demonstrando. porque, para mim, os gestos oferecidos, em cada instante que se respira, são mais importantes do que as palavras... e sinto-me desesperada por não saber dizer mais do que isto.

maio 22, 2005

post aos pulos

e agora, abraço-me a quem?


[maldita gripe]

GLORIOSO

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agradecida

já que uns não marcam, marcam outros.
Força Académica.

agreste

ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai aii aii aii aii aai aaai aaaai aiiii aiiiiii

oh gajos, faxavor de marcarem um golo, para podermos respirar mais tranquilamente.

gracias.

está quase



BOA SORTE!

[queria que estivesses aqui]

random art



guida

maio 18, 2005

lusitana

[é incrível que, sendo eu vermelhinha até às pontas dos cabelos, a musiquita do sporting, cantada na minha hora do almoço, deixou-me mais bem disposta e aos pulos.
(leia-se: com vontade de mandar quase tudo e algumas pessoas para aquele sítio, e continuar com o meu eterno sorriso vestido. portanto, que se lixe quem tiver de se lixar! - soube bem. se bem que lixar não seja a palavra mais certa) ]

foi o meu primeiro nick. há uns anos atrás quando me iniciei neste mundo de 0s e 1s. foi num período menos favorável, e escolhi um nome que soava a guerreira. podia ter utilizado o Xeena, seja lá como se escreve (não tenho paciência para fazer uma busca na net), mas sempre apreciei muito a originalidade, em mim e nos outros. ficou lusitana. no meio dos dd tc, descreve-te, idade, às quais nunca respondia, surgia quase sempre a pergunta sobre o nick, se tinha a ver com os Lusíadas, ou com cavalos lusitanos. raramente respondi. quem me ficou a conhecer, das amizades que por ali fiz, conseguiu chegar lá sem eu ter de explicar o porquê da escolha. e ainda hoje há quem me chame guerreira.

isto para dizer que o post antes deste nada tem a ver comigo. o que não nos mata torna-nos mais fortes. e eu sou muito sol. não gosto de me lamentar. não gosto de depor as armas. de recolher bandeiras. não gosto de chamar a atenção através de choros. não gosto de ter pena de mim. pior, não gosto que tenham pena de mim. e não gosto de ser fria com quem me rodeia.

selecciono, mais uma vez, o erase and rewind da banda sonora da minha vida. ergo os braços e vou à luta.


a vida acontece a cada instante,

e só eu sei porque não fico em casa.
(é só hoje, é só hoje)

porque há dias assim

[e sem vontade para nada, e o trabalho a olhar para mim, e os sorrisos cínicos de que estou farta, e a brutalidade de algumas pessoas que julgam que podem tudo, e a indiferença de outras, e as reclamações que já não tenho paciência para ouvir, e os telefones que não páram de tocar, e porque são 10h e os colegas ainda não chegaram, e porque, fora hoje, é todos os dias assim, e as alergias que não me largam, e, e,...]


se as minhas lágrimas apagassem todo o mal que existe no mundo, eu não me importava de chorar a vida inteira.

tivesse eu asas e fugia.

porque há dias assim.
amanhã pode ser diferente, mas hoje está, é, será assim.


(a precisar de outra dose)

maio 17, 2005

sobre o futebol



uma visão sobre futebol pelas mãos de uma mulher.

maio 14, 2005

calor

tiras das palavras, como magia fizesses, o modo como o meu sorriso se abre à ternura que ofereces na tua voz. ternura que és na minha vida.


"obrigada"

maio 12, 2005

hora coca-cola light

[e logo eu que sou mais ice tea]

a partir d'hoje... 16h30m. nem mais um minuto.

fico com mais tempo para namorar. muito. ainda bem.
despacha lá o exame :)

maio 10, 2005

ilhas

somos ilhas. cada uma diferente, com particularidades que nenhuma outra tem, ou terá em maior ou menor importância. cada uma com um tom de verde na folhagem que a cobre. cada uma a bailar nas ventanias ou nas brisas que nos tocam a pele. lugares únicos. percorridos com a ansiedade exponencial de quem descobre algo de novo. algo virgem aos nossos olhos. e viajamos entre elas, seja em barcos ou em jangadas, explorando essas pequenas terras. sentimos com as nossas mãos os cheiros. sentimos com os nossos pés o chão que caminhamos, os sentidos que seguimos nas direcções escolhidas.

somos ilhas. fixas em mares, que banham as areias e que todas as noites alcançam mais um pedaço de terra. somos ilhas. horizontes desenhados no infinito que alcançamos. solitárias. ilhas.

somos ilhas. e, no entanto, parece-me que sozinhas não têm razão de existir. talvez por isso tenham surgido os arquipélagos. conjuntos maiores ou menores de pedaços coloridos no azul do mar. ilhas, que por algo se uniram, respeitando os espaços de cada uma. pelas atracções, pelas familiaridades e também pelas diferenças. porque só assim se completam. porque só assim se tornam imensas. ilhas. uniões que, de tanto permanecerem, poderão tornar-se pequenas penínsulas. unidas por ténue linha inquebrável. que crescem continentes. talvez seja por isso que existem outras pessoas na nossa vida. relações que se constroem através de pontes que se erguem.

oferece-se

uma dor de cabeça, olhos lacrimejantes, comichão no nariz e espirros, muitos espirros. a quem interessar, faz favor de contactar a gerência deste cantinho.

agradecida.

maio 08, 2005

my personality type














The Idealist

You are creative with a great imagination, living in your own inner world.
Open minded and accepting, you strive for harmony in your important relationships.
It takes a long time for people to get to know you. You are hesitant to let people get close.
But once you care for someone, you do everything you can to help them grow and develop.

You would make an excellent writer, psychologist, or artist.

The Protector

You live your life with integrity, originality, vision, and creativity.
Independent and stubborn, you rarely stray from your vision - no matter what it is.
You are an excellent listener, with almost infinite patience.
You have complex, deep feelings, and you take great care to express them.

You would make a great photographer, alternative medicine guru, or teacher.

The Thinker

You are analytical and logical - and on a quest to learn everything you can.
Smart and complex, you always love a new intellectual challenge.
Your biggest pet peeve is people who slow you down with trivial chit chat.
A quiet maverick, you tend to ignore rules and authority whenever you feel like it.

You would make an excellent mathematician, programmer, or professor.



The Artist

You are a gifted artist or musician (though your talents may be dormant right now).
You enjoy spending your free time in nature, and you are good with animals and children.
Simply put, you enjoy bueaty in all its forms and live for the simple pleasures in life.
Gentle, sensitive, and compassionate - you are good at recognizing people's unspoken needs.

You would make a good veterinarian, pediatrician, or composer.

The Inspirer

You love being around people, and you are deeply committed to your friends.
You are also unconventional, irreverant, and unimpressed by authority and rules.
Incredibly perceptive, you can usually sense if someone has hidden motives.
You use lots of colorful language and expressions. You're qutie the storyteller!

You would make an excellent entrepreneur, politician, or journalist.


maio 06, 2005

poema

Venham todas as vozes, todos os ruídos e todos os gritos
venham os silêncios compadecidos e também os silêncios satisfeitos;
venham todas as coisas que não consigo ver na superfície da sociedade dos homens;

venham todas as areias, lodos, fragmentos de rocha
que a sonda recolhe nos oceanos navegáveis;
venham os sermões daqueles que não têm medo do destino das suas palavras
venha a resposta captada por aqueles que dispõem de aparelhos detetores apropriados;

volte tudo ao ponto de partida,
e venham as odes dos poetas,
casem-se os poetas com a respiração do mundo;
venham todos de braço dado na ronda dos pecadores,
que as criaturas se façam criadores
venha tudo o que sinto que é verdade
além do círculo embaciado da vidraça...
eu estarei de mãos postas, à espera do tesouro que me vem na onda do mar...

a minha principal certeza é o chão em que se amachucam os meus joelhos doloridos,
mas todos os que vierem me encontrarão agitando a minha lanterna de todas as cores
na linha de todas as batalhas.
 

(Osvaldo Alcântara, Cabo Verde)

maio 03, 2005

suspenso



por vezes, a imaginação foge para o meu mundo...

maio 02, 2005

vanilla sky (*)

[open your eyes]

poderia escrever mil histórias que a minha pele sentiu ao roçar alguns sonhos, quando eram só eles que desenhavam a minha vida. poderia até falar das pedras atiradas aos charcos da chuva que fui, como se de um lago se tratasse, observando a dispersão das ondas. cada vez mais fracas. cada vez menos eu. poderia ainda descrever a forma como os ventos alísios fizeram ninho nas minhas mãos, quando a alma era de pássaro e o corpo peso morto. terra estrangeira dentro e fora de mim. terra árida. terra de ninguém.

poderia.

mas vieste tu. e contigo chegou também a raíz de um bem-me-quer, porque as flores não nos podem querer mal. trespassaste como água os muros que construí nas linhas anteriormente ditadas, em redor de um tempo que teimosamente atravessei. qual travessia do deserto. sozinha. fechada como punhos.
não questiono. aprendi a aceitar tudo o que a vida me trouxe, e traz. essencialmente o menos bom. mas talvez tivesse de ser assim, para poder ver, com os olhos da alma, e no meio da escuridão que me havia cercado, a luz que és. quando menos esperava. tu.

gosto quando me invades a pele, como quem lavra a terra. agora terra fértil. do modo como entras nos meus pensamentos, antes de algum som sair da minha boca. gosto de me descobrir, de não ter receio de abrir fechaduras há tanto tempo escondidas. e gosto do que descubro sobre mim.
gosto de acordar nos teus braços, de te ver adormecer nos meus. gosto da ternura do teu olhar. gosto da pessoa que és. do enorme orgulho e admiração que tenho por ti. de me sentir criança de olhos esbugalhados quando falas do mundo que é o teu.
gosto da tranquilidade que trago ancorada ao meu sorriso. o grito de um novo dia, as mãos abertas e estendidas para ti, e para o futuro que tatuamos a cada instante no tocar dos nossos corpos, almas. tu, eu, nós. e apetece-me dizer

para sempre.

(e hoje sei: eu não renasci. nasci no dia em que nos conhecemos. no dia em que te conheci.)

(*) não, não é pelo T.C.