setembro 28, 2005

para ti, minha querida Pucca

"onde os meus pés estiverem,
aí estará a minha raíz para me sustentar,
para me erguer e me lançar nas asas do vento,
da chuva e do sol.

quando o meu chão se abala e estremece,
é a minha raíz sacudindo os galhos, os frutos e os talos...
que só a lucidez já me quis...

e quando o meu ódio é frio, e o meu amor é ardente,
são as asas da vida equilibrando os planos...

e quando a minha voz faz questão de dar o meu segredo,
e o meu coração revelar os meus desejos,
são os palcos da vida levantando os panos...

aonde a razão me levar, sob o chão estará a minha raíz,
para me fortalecer, me fortificar, romper, perdoar ou calar,
e se um dia o meu sol se esconder,
é que a noite também vive em mim,
e a lua virá para alternar as minhas marés,
e as estrelas guiarão os meus pés...

e quando o que em mim é sagrado se torna profano,
é que,
anunciada a vida,
há um querer mais cigano,
é que a luz dessa noite me quer com mais clareza,
e nas veias do mundo
eu sou sangue que alimenta, eu sou coragem!

as estradas da vida são uma eterna coragem,
e aí se revela a minha natureza..."


(de Ana Cunha, 1991)



porque a vida é um constante caminhar. até serem findas as horas. até ser dia chão.

sei que vais compreender a mensagem....*

[gosto muito de ti.]

Sem comentários: