outubro 29, 2007

e para começo da semana

vou ali discutir com os senhores da netcabo por me terem levado 25€, por uma instalação de um novo modem, que foi da responsabilidade deles. o velhinho avariou por alterações na rede, foi o que me disseram.
se me chateiam muito, mudo. e viva a concorrência.

outubro 24, 2007

em (muito) repeat mode

outubro 23, 2007

conclusão do dia d'ontem

cada vez mais me sobram menos dedos das mãos.

outubro 18, 2007

eu e as lágrimas

"Sete anos

Daqui a umas horas (há sete anos) estou deitada numa sala a olhar para um aparelho que conta as batidas do meu coração. Lentas, cada vez mais lentas, o que é a coisa mais estranha do mundo se se pensar que acabei de conhecer o homem da minha vida, assim de repente e de relance, mas de óculos, de óculos que "esta senhora fica com os óculos por ordem do médico" ("por amor de Deus, não me deixe sem ver, sem o poder ver") e esse momento é tão breve mas o mais importante da vida até ali e nunca mais me esqueço. Estou ali depois, deitada nessa sala a ver o meu coração a bater em formato digital, lentamente e nessa altura ainda não sei nada: penso que posso morrer feliz e descansada que está tudo bem. Só anos mais tarde se cristaliza a certeza que não é assim, que não se pode morrer feliz e descansada quando há no mundo alguém que nunca será amado daquela forma, não enquanto precisar de mim.


Há sete anos resolveu-se em mim eu mesma. O que era antes, nem sei, eu também, provavelmente, mas isto que me transformei, isto que sou, isto é o melhor de mim, o meu lado completo e feliz, às vezes, tão absolutamente feliz que quase se duvida que se mereça uma felicidade assim. Impossível colocar em palavras o que é ser mãe e eu que vou tentando há tantos anos, mas não sei onde começa ou onde acaba ou por onde passa. Registo os bocadinhos pequenos, aqueles que me iria esquecer e talvez um dia mais tarde perceba - ou percebo já, de forma ainda tosca e incipiente - que tudo aquilo é a imagem do que se sente, todos os bocadinhos, os bons e os menos bons e aqueles em que apetece ir comprar cigarros e voltar daqui a vinte anos e os outros, aqueles em que fugimos para soltar umas lágrimas que teimam em cair e que são tão complicadas de explicar "também se chora quando estamos felizes, filho".

Há sete anos que, às vezes, nem sei de que terra sou. Às vezes (muitas, às vezes demais) passo-me e berro e tenho fúrias e depois vejo o espelho nas fúrias dele e envergonho-me. Às vezes rebento de orgulho, outras de tristeza, outras ainda de preocupação e sempre de angústia, essa que vive ao lado do amor. Às vezes duvido que consiga fazer dele um homem de bem no meio de um mundo tão cão. Outras reconheço-lhe uma força brutal a fazer frente a injustiças e penso que talvez, talvez não esteja totalmente no caminho errado. Às vezes vejo-o a crescer tão depressa e surpreendo-me e depois o espanto também, quando é ainda uma criança pequenina afinal. Trocam-nos as voltas todas, eles, baralham e tornam a dar e, não sei lá como é, trazem com eles todos os trunfos e o ás de espadas e nós só podemos manter-nos à tona dessa coisa enorme que é a maternidade sem ter pé.

Há sete anos, quando a máquina avisou que o meu coração estava normal e eu comecei a sentir a anestesia a ir embora e quando mo deram para o meu lado e eu fiquei a olhar para aquele milagre sem saber ainda nada do resto, apenas deslumbramento sem medo, transformei-me em mãe. Tenho tentado ser sempre mãe, pois para mim nada se divide e não se é menos mulher por se ser mãe, antes pelo contrário e não sinto que tenha perdido o que quer que seja mas sempre ganho, seja em desespero ou absoluta maravilha. Posso agora, ao fim de sete anos, fazer o balanço que se calhar nunca me atrevi, talvez por receio de parecer arrogante. Mas tenho a absoluta certeza que a minha opção de prioridade total é a certa. É possível que seja um daqueles caminhos menos simples, com mais pedras, algumas até das que não saem dos sapatos; mas é a minha opção e sinto-a certa. Para mim e para ele, esse homem da minha vida, ainda pequeno, que dorme à espera de acordar mais crescido, mais alto, maior, enfim, cheio de pressa de ser grande. E eu, mãe dele, babando (como é evidente) à espera que acorde para lhe dizer, num abraço imenso

parabéns, meu amor. "

claro que só podia ser a Catarina a autora deste magnifico texto.

outubro 17, 2007

2007 continua em grande


o Afonso nasceu ontem, com cerca de 3,400 kg. está tudo bem com o rapagão e os pais estão que nem cabem em si de babados. estou desejosa de o conhecer com os meus olhos. parabéns aos três!

mais um par de mãos para se juntar ao conjunto fantástico das crianças que têm tudo para tornar o mundo numa coisa melhor de ser experimentada. eu, como tia, vou contribuir com a minha parte de lhes (de)mo(n)strar que se pode e deve ser diferente da maioria. de olhos abertos e de coração nas acções que se desenham pela vida fora.

a minha mais recente descoberta



It's you, it's you, you make me sing
You're every line, you're every word, you're everything



outubro 16, 2007

Gosto imenso deste blog...

Ora leiam, a descrição desta partida/chegada, de/ para, uma velha/nova vida, está fantastico, alias como tudo que ele escreve!

Quase toda a minha vida cabe em 60 litros de mochila e meia dúzia de gigabytes de disco rígido. O resto são pessoas, locais e livros, mas esses não os posso carregar comigo.Em 13 anos 5 endereços diferentes. 5 recomeços. 5 prantos por abandonar terras queridas. Talvez esta mobilidade não seja estranha a um europeu ou a um norte-americano, mas é-o a filho de portugueses, nascido de 70 em diante (as anteriores gerações foram diferentes). Nascemos, vivemos e morremos no mesmo local. Pisamos toda a vida as mesmas pedras de calçada. Temos medo da mudança. Perdemos a ousadia. O casamento ou os estudos são dos poucos momentos que nos fazem saltar do ninho. Mas mesmo longe, a ele sonhamos voltar.Iniciar uma nova vida numa nova caixa postal custa sempre, mas os anos vão-nos dando traquejo. Demonstrando, por exemplo, que a distância não corrói as verdadeiras e sinceras amizades feitas nas paragens anteriores. Destrói, isso sim, os “conhecimentos”. Dos “conhecidos” nunca mais se ouvirá falar.Recomeçar é um desafio medonho, que nos afronta e faz tremer de início. Depois vemos que não é assim tão difícil e que sabe bem aprender com novas pessoas coisas que até aqui ninguém nos havia ensinado.


In africanidades.blogspot.com

outubro 12, 2007

e agora algo completamente diferente

cheguei a casa cerca das 22h30m, depois de ter estado no sítio do costume, a saborear um chocolate quente e uma torradas saltitonas, barradas com muito riso, imensos sorrisos e com muitas linhas coloridas pelo meio, na companhia do costume. não trazia fome, talvez por culpa da emoção que tinha acabado de experimentar. há momentos na vida que me deixam assim. eufórica e, consequentemente, sem vontade de comer.

são 5h, já comi dois chocolatinhos. agora estou agarrada às bolachas, cheiinha de fome, sem vontade de comer. mas já me sentia tão fraca e quando assim é, se não comer, não consigo dormir. o despertador toca às 6h30m.

vai ser um dia bonito, oh se vai.

outubro 10, 2007

Sabias que... é tudo normalíssimo!

Eu sabia que havia uma explicação, embora não me lembre sempre dos termos cientificos exactos para definir o estado que todas sentimos estes momentos, nunca é demais reiterar. Então é assim:

«As mulheres têm verdadeiros apetites por alimentos com gordura na fase pré-menstrual. Isto deve-se ao aumento do estrógenio que aumenta a galanina, explicado pelo facto de, nesta fase, a mulher estar a preparar-se para uma eventual gravidez. Como tal, a galanina, além de aumentar a necessidade de gordura, potencia a sua acumulação no tecido adiposo, importante como fonte de energia e essencial na composição corporal feminina» ( acho que isto é que nos faz a celulite?)
In Revista Sport Life.


Isto é só para nós mulheres, os homens só têm que nos compreender e aceitar as nossas gordurinhas, afinal não temos culpa nenhuma, e levamos com estas variações todos os meses, é tudo normal.

Uma explicação bem conseguida, porque está simples e perceptivel. Não admira que ja me comece a apetecer aquele arroz doce bem cremoso, aquele bolo caseiro ao domingo ao lanche com um chazinho! Enfim, a galanina não perdoa!

outubro 02, 2007

a minha tarde foi assim


se estão a pensar que é um sapato a levar com o ar quente do secador de mãos, num wc, estão certos. o sapato do pé direito teve o mesmo tratamento. as meias nem tentei.

hoje, à hora de almoço, andei literalmente a passar por caudais de rios, tal era a água que havia nas ruas de lisboa.

adenda: julgo que me constipei.

dúvida existencial

meto a máquina a lavar a roupinha que tem lá dentro, ou não?

caro S. Pedro, esta pergunta espera uma resposta sua, nos próximos 30minutos. agradecida.

Hoje ... apetece-me sonhar ;)

"
...Julgava-me muito rico por ter uma flor única no mundo e, afinal só tenho uma rosa vulgar...

Foi então que apareceu uma raposa .

- Olá, bom dia! disse a raposa.

- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o princepezinho...

- Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...

- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...

Andas á procura de galinhas? (diz a raposa)

Não... Ando á procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?

... Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.

Laços?

Sim, laços - disse a raposa. - ...

Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...

(raposa) Tenho uma vida terrivelmente monótona...

Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol.

Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti...

- Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa. - Os homens, agora já não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!

E o que é preciso fazer? - Perguntou o princepezinho.

- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto...

Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...

Foi assim que o princepesinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:

- Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar...

... Então não ganhaste nada com isso!

- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...

Depois acrescentou:

- Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo.

O princepesinho lá foi... - vocês não são nada disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês... - não se pode morrer por vocês...

... A minha rosa sozinha. vale mais do que vocês todas juntar, porque foi a ela que eu reguei, que eu abriguei... Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, ás vezes calar-se. Porque ela é a minha rosa.

E então voltou para ao pé da raposa e disse:

- Adeus...

- Adeus - disse a raposa. - vou-te contar o tal segredo. É muito simples:

Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
Foi o tempo que tu perdes-te com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.

- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela.

Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa "