Hoje fui ao hospital (o meu papá tava com uma alergia devido ao que comeu ao almoço... coitado, mas já tá melhor) e passei mais que uma vez por um senhor; reparei nele e comentei com o Carlos: ó mor, já viste aquele senhor? parece perdido neste mundo. Tava mesmo ao cimo da rampa das urgências, no hospital de Cascais e andava de um lado para o outro, mas no espaço de 50 cm...! estava inquieto; tava com menos bom aspecto; tava só. com um papel na mão; uma garrafa de sumo tipo nectar, mas já vazia e mais qualquer coisa que depois vi ser um queque. O Carlos passou por ele e perguntou se precisava de ajuda. A História: estou aqui desde manhã à espero do meu patrão. Caí no trabalho e vim de ambulância. (estava magoado na boca, mal se percebia o que dizia). Não sabia onde estava, não sabia como voltar (era de Odivelas). Apenas sabia o telemóvel do patrão mas este não atendeu... ironia. Disse ao Carlos para falar com os polícias que estavam no hospital e assim foi. viemos embora e ficou a falar com o polícia que já estava com uma caneta e a escrever num papel. ainda percebi que balbuciou qualquer coisa como: boa gente e obrigado. Fiquei com o coração destroçado. Até chorei por sentir o desespero do homem. mas ajudei-o, espero. Era negro e pobre e estava frio e ele em camisa! e não soube como chegar a casa. é triste! era como uma criança, mas esta não chorava. era como um cão abandonado, à espera do dono.
Se não fossemos nós ainda lá estaria!? ninguém o ajudou desde manhã. foi preciso passar lá a Filipa. que não é distraída e percebeu que alguma coisa não estava bem? que não teve medo de se aproximar? enfim.
janeiro 12, 2008
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1 comentário:
Lita, foste tu o anjinho para aquele senhor naquele dia, tb ja me vieram as lagrimas... sabes como eu trabalho ao pé do santa maria, vejo tantas pessoas a caminhar p o hosptipal, devagar devargarzinho, e sempre me parte um pco o coração, pessoas só de chinelo, a tentar chegar ao metro, aos autocarros e sem ninguem por perto...
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