Hoje, pelas nove e trinta da manhã, ia sendo atropelada pelo meu próprio marido!
Não imaginam o susto que apanhei e como fiquei a tremelicar por todo o lado!
O maridão, ofereceu-se gentilmente, para me pôr em frente ao tribunal, pois eu tinha uma convocação para um processo de tutela de uma criança, em que fiquei informada, que eu era uma vogal, tinham-me indicado para tal (é que para se requerer uma tutela de uma criança, são necessárias, para além da pessoa interessada, mais duas pessoas, de modo a constituir uma família). Assim sendo, aceitei a sugestão do maridão, e lá fomos! Chegados ao local, ele pára o carro e eu abro a porta do mesmo, saio, e tento dirigir-me para a frente, de modo a contornar o carro, mas de súbito, ouvimos mesmo já em “cima de nós” uma ambulância aos tinonis, ele sentiu-se tão pressionado que se desnorteou por breves instantes e não conseguia decidir se avançava ou não, quando eu me aproximava da frente do carro ele também andava, se eu parasse e travava a fundo, repetimos a cena duas vezes, até que dei um grito, para que ele me deixasse passar, isto tudo em segundos! Finalmente, ele para e consigo passar, ele acabou por se encostar mais à frente, para dar espaço à ambulância que por sua vez segue ao salvamento. Por pouco, a ambulância também me levava, acho que às vezes elas nos intimidam em demasiado e nem vão tão grande urgência!
Que cena, uffa!
As pessoas que assistiam, claro, que aproveitaram para fazer os seus julgamentos, antes de entrarem para também serem julgadas (só que aqui, é no cumprimento da lei). A verdade é que, repudia-me, esse desejo que alguns têm de julgar os outros, só olhando aos seus valores, sem conhecerem minimamente, as razões dos outros! È que nem houve uma atenção para comigo, uma pergunta para saber se eu precisava de alguma coisa, nada, só mesmo criticas, como - estão sempre com pressa, se acordassem mais cedo… - eu depois de respirar um pouco ainda respondi - ninguém está aqui com pressa, eu estou dentro da minha hora, não foi esse o problema…
Que estúpido, o homem, fiquei com tanta pena de não lhe perguntar se tinha alguma coisa ver com a minha vida!
Ainda no autocarro para o trabalho, e depois da conversa com a escriturária, o maridão ligou a pedir desculpas pelo sucedido! Anda Stressado, o meu maridão, tenho ver uns conselhos para ele se livrar desse mal - Stress!